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terça-feira, 24 de julho de 2012


Campanha do Agasalho realiza a primeira doação

  Evelin Campos, da Agência Brasília


Campanha do Agasalho realiza a primeira doaçãoFoto: Pedro Ventura
Centro Social Tia Ilda, no Varjão, foi a primeira instituição contemplada pela campanha da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, que já conseguiu mais de 2 mil arrecadações
As 103 crianças do Centro Social Tia Ilda, no Varjão, terão um inverno mais aquecido este ano. A entidade foi a primeira a receber doações da Campanha do Agasalho, organizada pela Subsecretaria de Promoção e Mobilização Social, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania. A entrega dos donativos foi feita na manhã desta terça-feira (24), na própria instituição.

A campanha, que teve início há um mês, já recolheu mais de 2 mil peças, entre agasalhos, cobertores e calçados. O Centro Social Tia Ilda ganhou 250 peças de roupas infantis, 40 casacos e 30 cobertores, além de uma caixa de brinquedos e sapatos. “Fiquei muito feliz quando soube da campanha, pois tudo o que construímos e nossa sobrevivência são graças às doações”, disse a fundadora da entidade, Maria Ilda Julião Ovides.

Para o secretário de Justiça em exercício, Jefferson Ribeiro, ações como essa aproximam o governo da população mais carente. “Decidimos iniciar as doações na creche da tia Ilda pela necessidade e pela história da instituição na comunidade do Varjão. A Secretaria é de Justiça, mas é também de Direitos Humanos e Cidadania”, ressaltou.

Iniciativa permanente – A campanha entrou em sua segunda fase no último dia 16, com a mobilização de síndicos de condomínios, para arrecadação com os moradores. A ideia é que o projeto vá além do período de inverno e se torne constante. “A Secretaria é um intermediário entre quem precisa e quem quer ajudar. Nossa missão é despertar esse trabalho voluntário”, destacou o subsecretário de Promoção e Mobilização Social, Carlos Eduardo Guimarães.

Centenas de pessoas, entre funcionários da Subsecretaria, voluntários e parceiros, estão envolvidas direta ou indiretamente na campanha. Até o momento, estão previstas entregas em mais cinco instituições de regiões distintas do DF, mas as entidades ainda podem se candidatar às doações pelo telefone 2104-1937.

Doações – O trabalho de arrecadação seguirá até setembro, em todas as unidades do Na Hora e do Procon, em academias, igrejas, shoppings centers, pizzaria Pedacinho 108 Norte, na Administração Regional do Guará, no Uniceub e na Academia Club Coat (Setor de Clubes Sul). A Secretaria de Justiça também recolhe o donativo em domicílio: é necessário apenas entrar em contato pelo mesmo telefone.

Solidariedade – O Centro Social Tia Ilda surgiu há 11 anos, quando Maria Ilda Julião Ovides começou a cuidar dos filhos de uma vizinha. A notícia se espalhou, e, com trabalho e doações, o barraco de madeira se transformou em uma creche que atende crianças de quatro a dez anos, nos turnos matutino e vespertino.

No local, as crianças desempenham atividades que vão desde apoio pedagógico e aulas de reforço a brincadeiras. O espaço conta com brinquedoteca, videodeca, refeitório e espaço para descanso. Crianças do Varjão, do bairro de Taquari e do Itapoã, a maioria filhos de mães solteiras, são atendidas pela creche.

Além da tia Ilda, a instituição conta com cinco profissionais: três monitoras, um pedagogo voluntário e uma cozinheira que prepara cinco refeições diárias para as crianças – café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. “Toda terça-feira recebemos, ainda, verduras da Ceasa, doadas pela Secretaria de Agricultura”, contou Maria Ilda.

O Centro Social Tia Ilda fica na Quadra 5, Conjunto A, Lote 7 na cidade do Varjão. Quem tiver interesse em ajudar pode ligar no telefone 3468-5642, das 7h às 18h.

Programação marca Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais

  Secretaria de Saúde

Iniciativa pretende conscientizar a população sobre os riscos e a prevenção para o enfrentamento dos diferentes tipos da doença
Para lembrar o Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais, 28 de julho, a Secretaria de Saúde promove uma série de atividades em vários pontos do Distrito Federal. A programação inclui palestras, testagem para a hepatite C e vacinação contra o tipo B. O objetivo é conscientizar a população sobre os riscos e a prevenção para o enfrentamento dessa doença, que muitas vezes evolui silenciosamente. 

O ponto alto da programação será no próximo sábado, 28, das 9h às 16h, na Escola Classe do P Norte, na Ceilândia - Estrada da Cascalheira S/N vc 311, no Condomínio Sol Nascente. Cerca de 600 alunos – crianças e adolescentes – serão imunizados contra a hepatite B (aqueles que ainda não foram vacinados). Já os pais e a comunidade residente nas imediações da escola, são convidados a participar das atividades e se submeter ao teste rápido para hepatite C – cerca de mil testes serão disponibilizados. Também haverá aconselhamento.

A programação do Dia Mundial teve início no dia 14, quando cerca de 500 trabalhadores que atuam na construção do Estádio Mané Garrincha foram testados e vacinados. Nessa terça-feira, profissionais de serviços gerais do Laboratório Central do Distrito Federal (Lacen) participaram de palestra, testagem rápida para hepatite C e aconselhamento. Na quarta-feira, 25, das 9h às 13h, serão disponibilizadas 150 doses de vacina e 150 testes rápidos para taxistas, numa ação conjunta com o SEST/SENAT, Departamento de Permissão e Concessão, no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte - SAAN. Já na sexta, dia 27, das 14h às 16h, haverá aconselhamento, discussão em grupo e educação em saúde durante encontro com portadores de hepatites virais e familiares, na Unidade Mista da Asa Sul (Hospital-Dia, 508 Sul).

Dados – A Secretaria de Saúde do DF registrou este ano 82 casos de hepatite C e 68 casos de hepatite B. Somando-se aos números apurados desde 2007, foram notificados 1.081 de hepatite C e 872 casos de hepatite B. Segundo a diretora da Vigilância Epidemiológica, Sonia Geraldes, o diagnóstico e o tratamento são feitos em qualquer unidade da rede pública de saúde do Distrito Federal. Estima-se que cerca de 0,8% da população esteja infectada com hepatite C e 0,3% com hepatite B e grande parte não sabe que está doente. 

A hepatite é basicamente uma inflamação no fígado. Existem vários tipos da doença com gravidade variável, dependendo do estágio em que é detectada e a forma como é tratada. “As hepatites podem ser causadas por vírus e os tipos mais comuns são as tipo B e C”, explica a diretora. A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível que também pode ser contraída em estúdios de tatuagem e piercing sem higiene, por quem compartilha seringas no uso de drogas e por transfusão de sangue. A doença pode ser transmitida, ainda, da mãe para o bebê, durante a gravidez. 

Segundo Sonia Geraldes, a transmissão por transfusão de sangue quase não existe mais. “Esse é um risco que desapareceu depois de 1993, quando o sangue dos doadores passou a ser testado”, afirma a diretora. Por ser uma doença assintomática, a hepatite apresenta sintomas como cansaço, mal-estar ou dores abdominais. Sônia Geraldes explica que a hepatite B é diagnosticada por meio de exame de sorologia (exame de sangue), feito em toda a rede pública. A prevenção também é realizada nos centros de saúde, por meio de vacina e, dependendo da gravidade, o tratamento é feito com medicamentos antivirais. “A hepatite pode evoluir para cirrose e câncer de fígado. Por isso, é bom ficar atento e verificar se as três doses da vacina contra a hepatite B estão em dia”, recomenda ela. 

A vacina que é aplicada em pessoas com até 29 anos de idade em três doses. Acima dessa idade, também é oferecida aos seguintes grupos: manicures, usuários de drogas, hemofílicos, profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens, pacientes que fazem hemodiálise, portadores do vírus da hepatite C e do HIV, bombeiros, policiais e profissionais de saúde. Assim como a hepatite B, a hepatite C também é assintomática e não é facilmente percebida. Na forma crônica o infectado pode apresentar sintomas como vômito, mal-estar e dores musculares. A doença também pode evoluir para cirrose e câncer de fígado. Para diagnosticar a hepatite C é feito o exame de sorologia. “Como não existe vacina contra essa forma de hepatite, é aconselhável que o paciente diagnosticado procure a rede pública e tome uma solução injetável por pelo menos seis meses”, alerta Sônia Geraldes.

Busca por investimentos estrangeiros

  Secretaria de Comunicação
Programa de rádio Conversa com o Governador destaca viagem de Agnelo Queiroz ao Oriente Médio e Ásia para atrair recursos e investidores ao DF
O programa de rádio Conversa com o Governador desta terça-feira (24) destaca a viagem do governador Agnelo Queiroz a países do Oriente Médio, da Ásia e da Europa. Em entrevista ao jornalista Carlos Campbell, ele enfatiza que o objetivo da missão internacional é atrair para o Distrito Federal investimentos.

Em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, primeira parada da missão internacional, o governador conheceu iniciativas, especialmente, na área de ciência e tecnologia. "A capital do Brasil é um grande destino por todas as suas virtudes. Em Dubai, estamos conversando com representantes de várias áreas. Entre elas, a de ciência e tecnologia. O país tem uma experiência muito exitosa nesse segmento", declarou o governador Agnelo Queiroz.


Após visitar Dubai, o governador seguiu para Cingapura, onde conheceu soluções de planejamento urbano e a administração do transporte integrado de metrô, ônibus e táxi. Ele visitou ainda a Agência Nacional de Águas e o sistema de abastecimento da cidade.


Em Xangai, na China, o governador anunciou que Brasília vai receber o primeiro ônibus elétrico em setembro e poderá ter uma fábrica desse veículo instalada no Distrito Federal. "Esse ônibus elétrico desembarcará agora em 28 de julho. Em 45 dias, estará em funcionamento. Vamos testar a sua adaptação à realidade do Distrito Federal. O nosso objetivo é levar uma fábrica desse tipo de veículo para a capital" disse.


O governador e sua comitiva desembarcaram na Alemanha, onde passam dois dias em visita a projetos do país germânico e, em seguida, partem para a Itália.


O programa – O Conversa com o Governador é transmitido pela rádio Cultura FM (100,9) às 7h, com retransmissões às 9h, 12h e 18h30. Criado pela Secretaria de Comunicação Social, o programa tem duplo desafio: estreitar o diálogo com a população e prestar contas das ações adotadas pela atual gestão do GDF para melhorar a qualidade de vida e conferir excelência aos serviços públicos.


Entre os temas já abordados estão transparência, agricultura, saúde, segurança pública, Copa do Mundo de 2014, Copa das Confederações, transporte, internet banda larga, servidores públicos, valorização dos idosos, cultura, habitação, educação, cuidados com a infância, criação de parques no Distrito Federal, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Entorno, regularização fundiária, Política de Resíduos Sólidos, modelo de transporte público do DF, políticas de atenção à mulher, participação popular, programa Brasília, Cidade Parque e preservação do meio ambiente.


Todo o conteúdo do programa estará disponível para download aqui na página da AGÊNCIA BRASÍLIA. A reprodução é livre, desde que citado o crédito dos realizadores. 

segunda-feira, 23 de julho de 2012


DF irá testar ônibus elétrico

  Secretaria de Comunicação Social

DF irá testar ônibus elétrico
Comitiva do GDF conheceu em Xangai o novo modelo de transporte coletivo, que será visto nas ruas da capital a partir de setembro
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, anunciou neste sábado (21) em Xangai, na China, que chegará em setembro a Brasília o primeiro ônibus elétrico para testes. Em viagem oficial, o governador destacou que investir na melhoria do transporte público no DF é prioridade da atual gestão. Ele explicou que o diferencial do ônibus elétrico é o uso de energia limpa, o que o torna ecologicamente correto.
"Nosso objetivo é instalar uma fábrica desses carros levar uma fábrica desses carros para se instalar no Distrito Federal, se constituindo em uma plataforma para o Brasil", anunciou Agnelo Queiroz. Ele afirmou, ainda, adiantando que esses ônibus serão utilizados já na Copa do Mundo de 2014. "Um ônibus com energia limpa, boa autonomia, não poluente, que não faz barulho e não trepida, é muito confortável para o usuário e contribui com a sustentabilidade", completou.
O presidente da TCB, Carlos Koch, que integra a comitiva do governador, explicou que o Governo do Distrito Federal trabalha nesse projeto desde 2011. O ônibus apresentado a Agnelo Queiroz e a integrantes do GDF hoje em Xangai foi desenvolvido especialmente para testes de campo em Brasília. Quando começar a circular pela capital, será possível avaliar aspectos de engenharia, adaptação às rodovias da região e, então, promover as alterações necessárias.
O veículo foi apresentado à delegação brasiliense pelos próprios dirigentes da fábrica de ônibus elétricos, Shuaihong Yuan, da Rui Hua New Energy; Huang Kunda, da Chang Long Bus, e João Eugênio Medeiros, da S4 Clean Energy. O ônibus será embarcado em navio no próximo dia 28, para, no prazo de dois meses, iniciar as aferições e a adaptabilidade do transporte na capital.
Atualmente, circulam pela China cerca se 1,5 mil ônibus elétricos, o que faz do país referência no uso desse tipo de veículo.
A comitiva do Distrito Federal também conheceu hoje a fábrica de painéis solares Chaori Solar, outra empresa que se destaca pelo uso de energia limpa.
Missão – A viagem faz parte da missão internacional do governador, que começou em 13 de julho e já passou por Dubai e Cingapura. Da China, a comitiva brasiliense segue para Alemanha e Itália. O objetivo da missão é divulgar Brasília como centro tecnológico e digital; conhecer os modelos dos melhores polos digitais do mundo e trocar experiências no setor de mobilidade e planejamento urbanos.
Além do governador, integram a comitiva os secretários de Estado de Desenvolvimento Econômico, Abdon Henrique de Araújo, e de Comunicação Social, Samanta Sallum; o porta-voz, Ugo Braga; a chefe da Assessoria Internacional do GDF, Flávia Malkine; os presidentes da Terracap, Antônio Carlos Lins, e da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), Carlos Alberto Kock; o diretor-presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa), Vinicius Benevides, além dos deputados distritais Patrício (presidente da Câmara Legislativa) e Cristiano Araújo, bem como o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Antônio Rocha.

Governador em exercício 

faz vistoria na DF-150

  Thaís Antonio, da Agência BrasíliaGovernador em exercício faz vistoria na DF-150

Obra será inaugurada em até 20 dias e beneficiará moradores do Grande Colorado, Sobradinho I e II e Fercal. Aproximadamente 20 mil veículos trafegam por dia no local

 O governador em exercício, Tadeu Filippelli, fez uma vistoria técnica na DF-150, na manhã desta quinta-feira, com o objetivo de verificar a fase final da obra que inclui três complexos de viadutos, duplicação e restauração da via. A construção foi iniciada na gestão anterior e retomada no atual governo, que a encontrou totalmente paralisada. 
Ao todo, 14km serão entregues à população até a primeira semana de agosto. De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), 20 mil veículos circulam pela DF-150 diariamente. 
“Estamos na reta final. É inquestionável a importância desta obra devido ao fluxo de veículos na região. Esta foi mais uma das obras que encontramos totalmente paralisadas e que entregaremos para a população”, destacou Tadeu Filippelli. “Concluiremos a obra nos próximos 15 dias, quando o governador Agnelo Queiroz fará a entrega para a população do Distrito Federal.” 
A DF-150 teve 7km de pistas duplicadas e 7km de restauração e alargamento, incluindo a construção de novas faixas de rolamento, três complexos de viadutos – que compreendem alças de acessibilidade –, ciclovia, defensas, iluminação, drenagem, plantio de grama, além de toda a sinalização horizontal e vertical. A maior parte da obra já foi concluída e está em funcionamento. Resta apenas a finalização do complexo de viaduto do Grande Colorado, que será inaugurado nos próximos dias. 
O GDF investiu R$68 milhões na obra, sendo R$ 21 milhões da atual gestão. Os 14km construídos ligam o balão do Colorado à Fercal. As novas instalações da via beneficiarão, principalmente, os moradores do Grande Colorado e de Sobradinho I e II, além de facilitar o escoamento da produção das usinas de concreto instaladas na Fercal. 
“Ficou uma bela obra, totalmente sinalizada, iluminada, com proteção entre as pistas para evitar colisão frontal e rampas para acessibilidade”, destacou o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem, Fauzi Nacfur Júnior. “Nós implantamos novos pontos de ônibus, com baias e pontos de travessia para pedestres, em lugares adequados, já que antes o embarque e o desembarque de passageiros era feito de qualquer forma, ao longo da via, sem obedecer a critério algum, principalmente de segurança para os usuários”, completou Tadeu Filippelli.

Todos os ângulos do esporte

  Suzano Almeida, da Agência BrasíliaTodos os ângulos do esporte
Em entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, a medalhista olímpica de bronze Ricarda Lima fala sobre a missão dos centros olímpicos do DF, que vai além das vitórias em competições. Cada unidade conta com equipes interdisciplinares para transmitir aos jovens valores de cidadania

Os centros olímpicos foram criados com base na concepção de inclusão social e desportiva para atender pessoas a partir dos 4 anos de idade. Hoje, as nove unidades do Distrito Federal atendem aproximadamente 19 mil alunos, que têm à disposição mais de 20 modalidades esportivas olímpicas e não olímpicas. Eles são atendidos por professores e têm suporte de profissionais como psicólogos, preparadores físicos e médicos. A ideia não é apenas buscar novos talentos para o esporte, mas oferecer a assistência necessária para formar cidadãos.


Medalhista de bronze com a Seleção Brasileira de Vôlei, nas Olimpíadas de Sidney, em 2000, Ricarda Lima é uma das coordenadoras dos centros olímpicos. Ela recebeu a equipe da AGÊNCIA BRASÍLIA no Centro Olímpico de Samambaia e falou sobre o trabalho junto às comunidades e dos objetivos traçados para os alunos.



Como definir os centros olímpicos tecnicamente e do ponto de vista social?

Sou suspeita para falar sobre esse assunto, já que sou apaixonada pelo programa. Ele segue diretrizes da Organização Mundial do Esporte e do Ministério dos Esportes: esporte educacional, de participação e de rendimento. Mas, no início do programa, nosso foco principal foram os esportes educacionais e de participação, que têm 98% dos alunos. São crianças, jovens, adultos, idosos e pessoas com deficiência a quem passamos os valores olímpicos – amizade, excelência e solidariedade – e outros, como aprender a ganhar e a perder. É uma relação muito clara de esforço e recompensa.


Os centros olímpicos são formadores de talentos para grandes competições?

Quando a gente fala de talento, num universo tão grande de crianças e jovens, o rendimento é extremamente excludente. Foi o que aconteceu comigo, que saí de um universo de meninas de Taguatinga que jogavam, depois de um grupo de Brasília até chegar a uma Olimpíada, e não é fácil. Você tem o esporte como direção, mas adolescentes e a comunidade também recebem orientações sobre saúde, prevenção e outras questões. Ser atleta é consequência. Temos uma turma de aperfeiçoamento, para a qual direcionamos os que se destacam. A partir daí as portas vão se abrindo.


Qual é, então, o principal objetivo da administração dos centros olímpicos?

Queremos formar pessoas conscientes da importância das suas opções e escolhas, ao mesmo tempo em que criamos condições para que essa formação permeie também o dia a dia deles, sempre trabalhando o fair-play (jogo limpo), mesmo quando há diferenças sociais. Todos se igualam dentro do campo.


Que outros programas são abordados nos centros?

Trabalhamos o programa Virando o Jogo Contra as Drogas, combatemos o bullying e falamos sobre higiene. Temos uma equipe multidisciplinar de psicólogos, assistentes sociais e pedagogos, com o objetivo de municiar os professores com outras formas de trabalhar os alunos e suas famílias.


O Brasil receberá as Olimpíadas em 2016. Existe garimpagem de atletas para a competição?

Precisamos ter cautela. Para que se formem atletas para as olimpíadas, são necessários pelo menos dois ciclos olímpicos – cada um tem quatro anos. Seria possível formar atletas para 2020. No meu caso, foram quase 20 anos para que eu chegasse a uma Olimpíada. Por isso, é precoce esperar que haja algum atleta pronto para os jogos no Brasil. Ainda precisamos de mais investimentos.


Como é feito o direcionamento de cada caso?

Os professores e técnicos trocam experiências e, quando percebem um talento, procuram envolver técnicos de outras instituições. Um menino alto, por exemplo, é direcionado para o vôlei ou para o basquete. No esporte de rendimento tem que haver – e acho que vamos chegar a isso – incentivo desde as categorias de base, com treinador, preparador físico, terapeuta, para que esse talento possa crescer e se tornar profissional.


Qual a principal dificuldade para os alunos dos centros olímpicos?

Acredito que seja o transporte. Algumas cidades como Samambaia são enormes, e nem todos conseguem chegar. Ainda precisamos equacionar esse problema: fazendo parceria com empresas, criando o passe-atleta, aplicando recursos. A partir daí, podemos pensar em atletas olímpicos.


O que você sente ao ver uma criança aprendendo um esporte?

Eu fico pensando: 'o que podemos fazer melhor?' Quero que eles realizem seus sonhos, que é o mais importante, e que a gente faça desse ambiente o caminho correto, que, normalmente, é muito duro, mas que eles consigam superar. Ser um vencedor é diferente de conquistar um campeonato. Não significa que ganhará de novo. O vencedor tem valores e atitudes e se mantém vencedor.



Recanto das Emas como referência em qualidade de vida

  Cinara Lima, da Agência Brasília

Na série semanal de entrevistas com administradores regionais, Sebastião Stênio Pinho apresenta à AGÊNCIA BRASÍLIA resultados positivos de sua gestão na cidade
Estreitar a relação com a comunidade é uma das principais características do trabalho desenvolvido por ele na região. Com apenas três meses no cargo, Stênio já tem planos de transformar a cidade em referência na área de Saúde e levar mais qualidade de vida aos moradores com obras de infraestrutura.
Quais as principais obras e ações realizadas desde o início de 2011?


Assumimos a administração há pouco mais de três meses com a missão dada pelo nosso governador Agnelo Queiroz e o vice Tadeu Filippelli de estreitar a relação do Governo do Distrito Federal e, por conseguinte, da administração com a comunidade local. Nossa principal meta é oferecer respostas rápidas às demandas solicitadas e promover, com ações e obras, a melhoria da qualidade de vida dos moradores da nossa cidade.



Serão construídos dois novos terminais rodoviários na cidade. Fale um pouco dessa obra.

Temos pleiteado esses terminais desde a primeira vez em que fui administrador da cidade, em 2008. Essa luta é da comunidade, dos rodoviários e de todas as pessoas que, como eu, amam e trabalham por esta cidade. Esta obra é um marco e uma vitória do cidadão recantense que, há mais de 15 anos, usa dois terminais sem a mínima infraestrutura. Esta obra é mais uma demonstração do compromisso e respeito do GDF com a nossa cidade.



O que mais está previsto para a cidade?

Estamos na iminência de concluir a construção da primeira Clínica da Família na nossa cidade e iniciar as obras de mais duas. Temos ainda diversos projetos de praças e pontos de encontro comunitário para serem instalados em algumas das 59 quadras que compõem o Recanto das Emas. Existe também a previsão da construção de um centro cultural e de um shopping popular. Comemoramos este ano nosso 19º aniversário. Somos uma cidade jovem, com muito a ser feito, contudo, nesses 18 meses de governo, o GDF já transformou a nossa paisagem urbana com diversas obras, ações e iniciativas que têm, dia a dia, melhorado a nossa qualidade de vida.



Quanto ao Orçamento Participativo (OPDF), como é a participação popular na cidade? Que obras realizadas são reivindicações do OPDF?

Nossa comunidade é muito politizada, participa, cobra. Das obras oriundas do OPDF, temos a construção da quadra poliesportiva da quadra 802, de mais Clínicas da Família, de diversos pontos de encontro comunitário, praças, parque infantil, entre outros. É muito gratificante ver o carinho e atenção dispensados à nossa cidade pelo governo, além do empenho de trabalharmos juntos para um novo DF.



Como está o programa Saúde na Família nesta região administrativa?

Em evolução. Conseguimos formar mais nove equipes do programa Saúde da Família. Ou seja, nossa cobertura com seis equipes era de 21 mil pessoas. Com esse incremento, conseguiremos cobrir 52 mil. A tendência, somadas as inaugurações da Clínica da Família e da UPA, é, em breve, sermos referência em saúde no DF.