Agricultura Familiar do DF ganha mais recursos
Helton Oliveira, da Agência Brasília
Novo plano do governo federal para pequenos produtores beneficiará quase 4 mil famílias no Distrito Federal
BRASÍLIA (6/6/13)- Pequenos produtores do Distrito Federal terão acesso facilitado às linhas de financiamento do Plano Safra 2013/2014, lançado hoje pelo governo federal e que disponibilizará, em todo o país, R$21 bilhões em crédito pelo Plano Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
“O DF sempre foi uma das unidades da federação que menos acessava as linhas de crédito, e hoje esse acesso cresceu 300%. Desburocratizamos ao permitir, aqui no DF, que o dinheiro fosse liberado pelo BRB”, destacou o subsecretário de Agricultura Familiar da Secretaria de Agricultura, Gustavo Araújo.
O aumento se deve à crescente regularização de famílias que vivem no campo no DF, pois desde 2011 saltou de mil para quase 4 mil o número de agricultores com Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), espécie de passaporte do pequeno produtor para acessar políticas públicas.
O agricultor familiar no DF também tem mais recursos à disposição com as linhas locais de crédito complementar ao Pronaf, como o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR)- com juros reduzidos- e o Fundo de Aval, pelo qual o GDF se torna avalista do produtor para financiamentos.
“Com apoio da Emater-DF, conseguimos acesso ao PAA (Programa de Aquisição de Alimentos, do governo federal, que compra produtos diretamente do agricultor familiar), o que garantiu nossa produção e gerou renda fixa”, disse a produtora rural Antônia Souza, do assentamento Chapadinha, em Sobradinho.
PLANO SAFRA- Os R$21 bilhões em crédito do Pronaf do governo federal para os próximos 12 meses representam aumento de 16% em comparação com o plano Safra de 2012/2013, quando foram disponibilizados R$18 bilhões para a agricultura familiar.
“Queremos que os agricultores familiares tenham mais capacidade de investimento, inovação tecnológica e segurança, que a agricultura familiar brasileira produza mais e melhor”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, durante discurso no lançamento do Plano.
Outra novidade é que os juros cobrados do pequeno produtor caíram: a taxa anual para investimento varia entre 0,5% e 2%, e para custeio, vai de 1,5% a 3,5% -no ano passado, eram cobrados 4% para todas as operações.
(H.O/M.D)
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