II Bienal do Livro e da Leitura é sucesso de público
Da Secretaria de Cultura
Programação diversificada e de qualidade já atraiu mais de 30 mil pessoas de todas as idades à Esplanada dos Ministérios
Mais de 30 mil pessoas já visitaram, nos três primeiros dias, os estandes, auditórios e outros espaços da II Bienal Brasil do Livro e da Leitura montados na Esplanada dos Ministérios. O evento, gratuito, faz parte das comemorações dos 54 anos da capital federal, com programação até 21 de abril.
Crianças de diversas escolas públicas do DF participaram, nessa segunda-feira (14), de oficinas de contação de histórias, assistiram a apresentações lúdicas e entraram em contato com livros voltados ao universo infantil.
A coordenadora de leitura da Escola Classe 114 Sul contou sobre a empolgação dos estudantes ao visitarem os estandes. "São poucas as oportunidades que as crianças têm de ter acesso aos livros e às histórias. O incentivo à leitura é muito importante para o desenvolvimento social", afirmou.
O dia também contou com lançamento de livros, com a presença dos respectivos autores. Qualidade e Sustentabilidade do Ambiente Construído, de Fabiano José Arcádio Sobreira, Roseli Senna Ganem e Sueli Guimarães; e A rua de todo mundo, de Carolina Nogueira, foram alguns dos títulos lançados.
Com seu testemunho sobre o percurso em reformatórios e penitenciárias paulistas, Luiz Alberto Mendes falou ao público sobre Recordações da alma dos vivos: experiências literárias do cárcere. A palestra aconteceu no Auditório Nelson Rodrigues.
O seminário "Brasil, América Latina e África: novas realidades e novos escritores", contou com presenças internacionais, como as escritoras Valeria Luiselli, do México, e Conceição Lima, de São Tomé e Príncipe.
Na ocasião, Conceição falou sobre o chamado para a poesia que veio ainda na infância. "Quando pequena olhava para o céu, e enquanto meus irmãos viam nuvens, eu enxergava pássaros, flores. Minha avó queria me tratar, mas meu pai disse que eu era poeta."
Como parte da mostra "O cinema e a ditadura no Brasil", o diretor Roberto Farias conversou com a plateia no espaço Café Literário Jorge Ferreira. O bate-papo ocorreu após a exibição do seu filme "Pra frente Brasil", um dos primeiros longas que retrataram a repressão militar de forma aberta.
Antes do show de Ivan Lins, no palco montado ao lado do Museu Nacional da República, ocorreu o seminário "Krsis", que falou sobre os conflitos políticos, as guerras e a intolerância. Opressão aos homossexuais e a guerra na Síria também entraram na pauta.
Nesta terça-feira (15), a programação é intensa e será a vez do homenageado nacional, Ariano Suassuna, falar para o público, a partir das 20h.
Nenhum comentário:
Postar um comentário