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quarta-feira, 19 de setembro de 2012


FestBrasília abre as

portas para o público

  Lúria Rezende, da Agência Brasília
FestBrasília abre as portas para o públicoFoto: Brito
O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro começou
nesta segunda-feira (17) com o longa brasiliense 
A última estação, de Márcio Curi, concerto da Orquestra 
Sinfônica e exposição sobre cinema nacional

O pano de fundo foi o filme A última estação, de Márcio Curi, mas no cenário externo era possível vislumbrar uma diversidade de cineastas, políticos, personalidades e formadores de opinião. A noite de abertura do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, nesta segunda-feira (17), lotou os 1.307 lugares da Sala Villa-Lobos e apresentou a excepcional estrutura, no Teatro Nacional, que abrigará o FestBrasília deste ano até o dia 24.
Presente na cerimônia, a primeira-dama, Ilza Queiroz, ressaltou a importância do evento como elemento agregador da cultura. “O festival de cinema faz mais do que atrair o público. Ele democratiza a sétima arte em Brasília e demonstra a criatividade de novos e experientes talentos do cinema brasileiro”, exalta.
O palco desta 45ª edição teve como mestres de cerimônia os atores Bidô Galvão e Murilo Grossi. Eles apresentaram o panorama do festival e fizeram reverência ao homenageado da edição, o fundador do FestBrasília, Paulo Emílio Salles Gomes. Antes da exibição da película, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional tocou a canção Meu tempo, meu templo, de Patrick de Jongh, responsável pela trilha sonora de A última estação.
O secretário de Cultura, Hamilton Pereira, dividiu a homenagem do festival entre Paulo Emílio e o diretor da película de abertura. “Márcio Curi é um diretor maduro, e a escolha desse filme para a estreia do festival é uma viagem às paisagens edificadas, rurais e humanas, que abrem espaço para a sensibilidade desse belo trabalho”, observa o secretário. Quanto ao fomentador do festival, Hamilton Pereira é contundente. “Paulo Emílio era um membro crítico de espírito inquieto e que de maneira qualificada e aguda transferiu o seu traço para o festival”, destaca.
O secretário executivo do Ministério da Cultura, Vítor Ortiz, em nome da ministra Marta Suplicy, destacou que a renovação do festival traz à tona debates sobre as políticas para o audiovisual brasileiro, além de provocar o interesse público. “O FestBrasília e os outros festivais de cinema do país são os maiores formadores de opinião e plateia”, analisa.
A última estação – O thriller de estreia, que trata da imigração libanesa para o Brasil, emocionou e arrancou risadas do público da sessão inaugural. Baseado na trajetória do libanês Tarik (Mounir Maasri), o filme se passa em meados dos anos 50 e conta a saga do resgate da amizade entre o personagem principal, seu irmão e crianças sírias e árabes. Eles se conhecem no navio em que viajam para o Brasil e seguem caminhos distintos. Já em 2001, Tarik decide cumprir algumas promessas após a morte da esposa. Acompanhado pela filha, parte em busca dos amigos de viagem.
Residente em Brasília há mais de 40 anos, Márcio Curi se orgulha da homenagem ao ser escolhido para abrir a mostra. Em busca de uma diversidade cultural, o diretor define a produção como uma busca racional, religiosa e humana, uma representação da tradição de um povo. “Em 45 anos de cinema, nunca tinha vivido um momento tão intenso. Esse festival é a nossa casa. Para nós, não pode haver emoção maior”, revela.
Já o ator Mounir Maasri demonstrou a grata surpresa de ter feito parte do filme que relata com fidelidade a narrativa da imigração libanesa. “O longa trata de parte da história de quase 8 milhões de libaneses que moram no Brasil. É mais do que a população atual do Líbano”, emociona-se.
O longa traz ainda nomes como a atriz/poeta Elisa Lucinda e um time de atores de Brasília, como Klarah Lobato, João Antônio, Chico Sant’Anna, Sérgio Fidalgo, Adriano Siri, Narciza Leão, além dos convidados Edgard Navarro, Iberê Cavalcanti, José Charbel, entre outros.
A partir desta terça-feira (18), o festival é aberto ao público. Na mostra competitiva, os curtas e longas de documentário serão exibidos a partir das 19h. Às 21h, serão apresentados os curtas de animação e ficção e os longas de ficção. Esta noite, o destaque é para o longa Eles voltam, de Marcelo Lordello. Os ingressos custam R$ 6 e R$ 3 (meia), nas exibições do Teatro Nacional. Nas outras salas, a entrada é gratuita.

Veja aqui a programação completa: http://www.festbrasilia.com.br/programacao
Endereços do festival:
Teatro Nacional Claudio Santoro
Setor Cultural Norte, Via N2
Telefones: 3325-6239/3325-6256

Teatro de Sobradinho
Quadra 12 AE 4
Telefone: 3901-6798

Teatro Sesc do Gama
QI 1 Lote 620, Setor Leste Industrial
Telefone: 3484-9142

Sesc de Ceilândia (Teatro Newton Rossi)
QNN 27 Lote B Ceilândia Norte
Telefone: 3379-9586

Sesc de Taguatinga (Teatro Paulo Autran)
CNB 12 AE 2/3 Taguatinga Norte (entrada de baixo)
Telefone: 3451-9150

CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
SCES, Trecho 2, Lote 22
Telefone: 3108-7600

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