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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Entrevista
MÁRCIO RIBEIRO GUEDES
Por Cida Magalhães e João Timóteo
Márcio Guedes, Administrador de Sobradinho

Sobradinho tem novo administrador. É o professor Márcio Ribeiro Guedes que assumiu a no dia 8 de agosto, em substituição a Maria América. Conhecido pelo apelido de Testinha, Márcio era chefe de gabinete da administração desde o início do governo. Casado com Clênia e pai de Arthur, ele assume um compromisso cheio de desafios. E o principal deles é atender aos desejos e anseios de uma comunidade bem politizada que exige a cada dia transformações que resultem em qualidade de vida para todos os moradores da cidade serrana. Jovem, 34 anos, nascido e criado na cidade, tem pela frente a oportunidade, junto com todos os órgãos de governo,  de participar e cobrar resoluções de questões sérias como o andamento da regularização dos condomínios,  o precário e caótico transporte público da região norte, a geração de emprego e renda, criando perspectivas para a nova geração,  o acesso ao Setor de Expansão Econômica, melhorarias para a saúde, educação, segurança, esporte, lazer e todos os setores. Terá como grandes aliados o GDF, o apoio político do deputado Paulo Tadeu e, principalmente, a participação de uma comunidade ávida por novas mudanças.
Com exclusividade ao Jornal da Gente, Márcio Guedes falou como pretende superar os desafios e trabalhar em conjunto com a população de Sobradinho.


- Jornal da Gente – Vamos começar tentando entender a questão da poligonal da RA-V, que desde a criação de Sobradinho II, ainda não foi resolvida. Afinal, qual é o território de Sobradinho?
- Márcio - Atualmente, a Região Administrativa V atende a Sobradinho , Nova Colina, Condomínios Império dos Nobre, RK, Entrelagos, Setor de Mansões, Buritis, Dnocs, os núcleos rurais I e II. Mas o Governo vem trabalhando para delimitar a poligonal, até porque agora temos uma nova região, que é a da Fercal. Então, acredito que tudo será divido em três partes, e com certeza da melhor maneira para o desenvolvido dos trabalhos. A Sedhab (Secretaria de Desenvolvimento e Habitação) já fez várias audiências. Mas enquanto isso não acontece temos trabalhar e trabalhar muito. E a união com os demais administradores de Sobradinho II e futuramente da Fercal será constante.
-  Vamos falar de um dos setores mais preocupantes para a população, a saúde. Que melhorias o senhor tem a anunciar?
- O Governo vem investindo muito em saúde. Precisamos descentralizar o atendimento do Hospital de Sobradinho (HRS), que além da cidade ainda atende todo o entorno e cidades vizinhas da região norte. Será construída uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento em Sobradinho II, em frente ao Restaurante Comunitário; um posto de saúde está sendo feito em parceria com a Associação dos Moradores do Setor Mini Chácara; Nova Colina também vai ganhar um posto de saúde. O Bloco Materno Infantil – que não  é uma reforma, mas sim uma grande obra, já está em andamento. A ex residência do administrador, na quadra 4, também terá parte utilizada para atendimento pela Regional de Saúde. Tudo isso vai melhorar o atendimento de nossa cidade. As coisas não acontecem tão rápido na saúde, mas em breve os moradores vão sentir a diferença. Nunca, em outras épocas, o Governo chamou tantos concursados da área de saúde para trabalhar. E isso tudo vai ajudar muito.
- Os trabalhos permanentes como manutenção da limpeza, da sinalização, iluminação, como ficam?
- Vamos trabalhar intensamente para melhorar cada vez mais estas situações. Amanhã mesmo estarei recebendo aqui em Sobradinho, diretores do Detran e da CEB. Vamos cuidar da sinalização de faixas de pedestres e das ruas; a CEB está trocando os postes da via que vai do Comper até o Sesi e estes postes serão utilizados para melhorar a iluminação da Avenida Contorno, na pista de Cooper, que vai da Quadra 01 até a 18. A limpeza em todas as áreas atendidas pela administração tem sido eficiente, mas precisamos conscientizar mais os moradores para não jogarem lixo nem entulho nas áreas verdes e nem em locais proibidos. Para isso, vou trabalhar direto com as associações, a sociedade civil fazendo campanhas de conscientização. Tivemos há pouco tempo a retirada de carcaças de veículos que ficavam largados pelas ruas.
- A geração de empregos da região norte sempre foi esquecida. Como o senhor vê esta situação?
- O Governador Agnelo comentou, no dia da inauguração da DF-150, que terá um foco diferente para região norte. Todos nós sabemos que este lado é meio prejudicado. Mas tenho certeza que as melhorias virão, o transporte público para cá vai melhorar e temos pela frente um grande marco para a cidade que é a discussão do PDL (Plano Diretor Local)  – que agora passa a se chamar LUOS – Lei de Uso e Ocupação do do Solo. Este será o grande momento para debatermos junto com a  sociedade o futuro de nossa região. Esta lei dára todas as diretrizes para o crescimento e desenvolvimento ordenado. É preciso que a comunidade se una para discutir as necessidades  de forma responsável. Hoje somos regidos pelo PDL e  temos apenas alguns locais que podem ser ampliados, e precisamos definir novas áreas para implantação de diversos tipos de comércios e indústrias. Temos o Setor de Expansão Econômica que precisa de um acesso melhor, onde o sonho deles é a construção de um viaduto. A segurança melhorou muito com a revitalização do Dnocs e o Posto Policial local, e a melhoria da iluminação pública. Vou trabalhar, junto ao Governo, em busca destas melhorias.
- O esporte e lazer da cidade estão carentes de projetos e mais áreas. Como ficam estes setores?
- A Mini Vila Olímpica está sendo construída ao lado do Ginásio de Esportes. É um espaço maravilho para abrigar novos projetos e dar espaço para todos no esporte. Mas  considero muito importante a descentralização. Vamos reformar e melhorar as praças esportivas das quadras 1, 2, 6.14,  instalando também os PECs – Pontos de Encontros Comunitários. Vamos construir também o espaço dos skatistas. Queremos voltar com as competições, as ruas de lazer. O esporte e lazer são um dos maiores meios de socialização e vamos atuar muito nestas áreas.
- E o esqueleto do ginásio, na quadra 7, como fica?
- Já participei de várias reuniões sobre este assunto, quando estava como chefe de gabinete. Ele está sendo pleiteado para a criação do Centro de Juventude. Mas existem vários estudos, até com a Caixa Econômica, para finalizar a obra, e destinar aquela área para o uso da comunidade, pois hoje funciona como local muito perigoso. 
- Sobradinho tem um grande potencial agropecuário. Nossa área rural é a segunda maior do DF. Como será sua atuação?
- A área rural sofre muito com vários problemas. O maior é falta de transporte público para quem precisa estudar e se locomover para a cidade. Vamos intensificar estes pedidos. Estamos arrumando as estradas, vamos buscar iluminação. Para se ter uma idéia, temos o Loberal, onde a única obra pública de lá era uma escola. Não tinha energia. E a administração, ainda com a América, conseguiu levar a luz para o local. A Rota do Cavalo também está recebendo iluminação. Então são vários locais onde vamos buscar investimentos para melhorar a qualidade de vidas destas pessoas, como asfalto, investimentos na agroindústria, ecoturismo.
- Apesar de Sobradinho (tradicional) estar praticamente pronto, o senhor tem muito trabalho a fazer. O quadro de pessoal é suficiente?
- Sim, acho que está no número ideal. Se trabalharmos de forma planejada vamos conseguir fazer bastante. E o mais importante de tudo é que vamos trabalhar sempre ouvindo a comunidade. Um grande exemplo disso é a participação da população no Orçamento Participativo. As pessoas vão e dão sua opinião e isso é muito importante para o Governo. A prioridade de Sobradinho é uma escola técnica. E foi escolhida pela comunidade. Esta maneira de trabalhar é a democratização do uso do dinheiro público. E Sobradinho já deu mostra que é uma cidade muito participativa e me orgulho disso e de poder colaborar para estas e tantas outras realizações.



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