Mundial aquece oportunidades de negócios em Brasília
Evelin Campos, ComCopa
Cristina Vieira, gerente da Unidade de Atendimento Coletivo de Serviços do Sebrae no DF
Fotos: Andre Borges/ComCopa 
A Copa do Mundo da FIFA™ está transformando a capital. A cidade vai receber sete jogos do Mundial e quem também se beneficia são as micro e pequenas empresas. De olho nisso, o Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mapeou 539 oportunidades de negócios em nove setores em todo o DF. Entre eles a construção civil, que tem no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha o maior destaque na capital federal.
Desde 2010, 1.000 empresas recebem consultoria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Distrito Federal (Sebrae-DF). Com o objetivo de fazer com que esses empreendedores estejam preparados para lidar com os negócios ligados ao Mundial, o Programa Sebrae 2014 vai acompanhá-los até agosto deste ano.
Orientação muito bem-vinda já que a previsão é de que a Copa do Mundo da FIFA™ atraia 600 mil turistas ao Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). E, para atender aos visitantes, essas empresas da cidade estão investindo em competitividade, comunicação e qualidade dos produtos e serviços.
“A arena vai mobilizar, mesmo após o Mundial, as micro e pequenas empresas dos mais diversos setores, entre eles turismo, cultura e entretenimento, tecnologia da informação, gastronomia e serviços”. É o que garante Cristina Vieira, gerente da Unidade de Atendimento Coletivo de Serviços do Sebrae no DF – uma das áreas envolvidas com a execução do Programa Sebrae 2014.
Confira a entrevista:
Como funciona o Programa Sebrae 2014?
O Sebrae faz o atendimento de empresas de serviços e do comércio varejista, além de pequenas indústrias e o setor produtivo da área rural. Com a Copa do Mundo, estruturamos o Programa Sebrae 2014 para preparar essas empresas para fornecer produtos e serviços durante o Mundial. Para isso, mapeamos as 930 oportunidades nas 12 cidades-sede em um estudo feito em parceria com a FGV. No DF foram 539.
São nove setores priorizados, entre eles turismo, cultura e entretenimento, serviços, gastronomia e construção civil. A partir daí as empresas nos procuraram e fizemos todo um trabalho para identificar o nível de competitividade de cada uma e capacitá-las.
Quantas empresas fazem parte do programa em Brasília?
Como estamos trabalhando com o enfoque na Copa do Mundo desde 2010, hoje, já temos cerca de 1.000 empresas de Brasília que serão acompanhadas até agosto deste ano.
Como o Sebrae está desenvolvendo esse trabalho?
Primeiro, o Sebrae avaliou como as empresas estão atualmente, o que elas poderiam fornecer e o que poderiam melhorar. Houve melhorias especialmente na comunicação e na qualidade dos produtos e serviços. Também trabalhamos para adequar essas empresas aos padrões de qualidade exigidos pela FIFA.
Mas o objetivo do Sebrae com esse programa não é somente prepará-las para o evento. Fizemos também um trabalho de aproximação dessas empresas com potenciais compradores credenciados pela própria FIFA, com rodadas e encontros de negócios entre ofertante e demandante nos últimos quatro anos.
Um dos setores em destaque é a construção civil. O Estádio Mané Garrincha foi um vetor importante para as micro e pequenas empresas?
A construção civil e a tecnologia da informação foram os setores de grande destaque. Os dois caminharam juntos no processo de construção do estádio. Mas a construção civil realmente movimentou toda a cadeia produtiva do setor, envolvendo fornecedores de insumos como tijolos artesanais, cimento e ferro, por exemplo.
Isso sem falar na mão de obra, que não só gerou empregos, mas também beneficiou outras empresas, como as de fornecimento de alimentação no canteiro de obras. Também houve mobilização na área de retenção de resíduos de obras, desencadeando ações relacionadas à sustentabilidade, com o reaproveitamento desse material. Portanto, a construção civil foi, sim, fundamental nesse cenário da Copa do Mundo. E o estádio, claro, foi o grande destaque.
A expectativa é de que essa mobilização promovida pelo Mané Garrincha continue depois do Mundial?
Brasília vai ter um legado importante após a Copa do Mundo, que é um grande espaço para eventos. Com o estádio, agora temos condições de receber megaeventos não apenas esportivos, mas também culturais. Vamos mobilizar todo o setor de eventos e turismo em Brasília.
Então, o estádio com certeza vai ser um grande legado para Brasília. Com toda a movimentação dos eventos, haverá aumento das vendas no comércio varejista, para citar um exemplo. Mas serão muitos os setores beneficiados.
Como essa movimentação dos grandes eventos vai impactar o serviço oferecido pelas empresas do DF?
Acredito que a Copa do Mundo será uma grande experiência para o mercado produtivo em Brasília, porque as empresas vão vivenciar uma diversidade cultural e de formas de atendimento. Não tenho dúvidas de que será um grande aprendizado que vai preparar nossas empresas para se perpetuarem nos próximos anos. E Brasília receberá sete jogos da Copa, o que dará grande destaque à cidade, já que tem uma localização privilegiada.
O setor de turismo está preparado e estruturado para receber bem os turistas?
O Programa Sebrae 2014 realizou ações de preparação para a receptividade desses turistas. O Sebrae também colaborou com os meios de hospedagem alternativa oferecendo qualificação. Hoje, temos 300 residências no Plano Piloto e em várias regiões do DF preparadas para receber os turistas por meio do programa Cama e Café, do GDF.
As famílias passaram por todo um processo de avaliação, preparação, conforto, limpeza e atendimento ao turista, durante seis meses. Esse tipo de hospedagem vem para reforçar a rede hoteleira e oferecer um novo serviço. Os turistas já podem fazer as reservas pelo site www.camaecafebrasilia.com.br. É mais um diferencial para Brasília.
O Sebrae também fará outras ações para preparar as empresas do DF para outros grandes eventos, como as Olimpíadas de 2016 e a Universíade, em 2019?
Com certeza vamos fazer algo focado nos próximos grandes eventos que Brasília vai sediar. Estaremos de portas abertas, preparando essas empresas para o que vier.
Cristina Vieira, gerente da Unidade de Atendimento Coletivo de Serviços do Sebrae no DF
| Fotos: Andre Borges/ComCopa |
|
A Copa do Mundo da FIFA™ está transformando a capital. A cidade vai receber sete jogos do Mundial e quem também se beneficia são as micro e pequenas empresas. De olho nisso, o Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mapeou 539 oportunidades de negócios em nove setores em todo o DF. Entre eles a construção civil, que tem no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha o maior destaque na capital federal.
Desde 2010, 1.000 empresas recebem consultoria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Distrito Federal (Sebrae-DF). Com o objetivo de fazer com que esses empreendedores estejam preparados para lidar com os negócios ligados ao Mundial, o Programa Sebrae 2014 vai acompanhá-los até agosto deste ano.
Orientação muito bem-vinda já que a previsão é de que a Copa do Mundo da FIFA™ atraia 600 mil turistas ao Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). E, para atender aos visitantes, essas empresas da cidade estão investindo em competitividade, comunicação e qualidade dos produtos e serviços.
“A arena vai mobilizar, mesmo após o Mundial, as micro e pequenas empresas dos mais diversos setores, entre eles turismo, cultura e entretenimento, tecnologia da informação, gastronomia e serviços”. É o que garante Cristina Vieira, gerente da Unidade de Atendimento Coletivo de Serviços do Sebrae no DF – uma das áreas envolvidas com a execução do Programa Sebrae 2014.
Confira a entrevista:
Como funciona o Programa Sebrae 2014?O Sebrae faz o atendimento de empresas de serviços e do comércio varejista, além de pequenas indústrias e o setor produtivo da área rural. Com a Copa do Mundo, estruturamos o Programa Sebrae 2014 para preparar essas empresas para fornecer produtos e serviços durante o Mundial. Para isso, mapeamos as 930 oportunidades nas 12 cidades-sede em um estudo feito em parceria com a FGV. No DF foram 539.
São nove setores priorizados, entre eles turismo, cultura e entretenimento, serviços, gastronomia e construção civil. A partir daí as empresas nos procuraram e fizemos todo um trabalho para identificar o nível de competitividade de cada uma e capacitá-las.
Quantas empresas fazem parte do programa em Brasília?
Como estamos trabalhando com o enfoque na Copa do Mundo desde 2010, hoje, já temos cerca de 1.000 empresas de Brasília que serão acompanhadas até agosto deste ano.
Como o Sebrae está desenvolvendo esse trabalho?
Primeiro, o Sebrae avaliou como as empresas estão atualmente, o que elas poderiam fornecer e o que poderiam melhorar. Houve melhorias especialmente na comunicação e na qualidade dos produtos e serviços. Também trabalhamos para adequar essas empresas aos padrões de qualidade exigidos pela FIFA.
Mas o objetivo do Sebrae com esse programa não é somente prepará-las para o evento. Fizemos também um trabalho de aproximação dessas empresas com potenciais compradores credenciados pela própria FIFA, com rodadas e encontros de negócios entre ofertante e demandante nos últimos quatro anos.
Um dos setores em destaque é a construção civil. O Estádio Mané Garrincha foi um vetor importante para as micro e pequenas empresas?
A construção civil e a tecnologia da informação foram os setores de grande destaque. Os dois caminharam juntos no processo de construção do estádio. Mas a construção civil realmente movimentou toda a cadeia produtiva do setor, envolvendo fornecedores de insumos como tijolos artesanais, cimento e ferro, por exemplo.
Isso sem falar na mão de obra, que não só gerou empregos, mas também beneficiou outras empresas, como as de fornecimento de alimentação no canteiro de obras. Também houve mobilização na área de retenção de resíduos de obras, desencadeando ações relacionadas à sustentabilidade, com o reaproveitamento desse material. Portanto, a construção civil foi, sim, fundamental nesse cenário da Copa do Mundo. E o estádio, claro, foi o grande destaque.
A expectativa é de que essa mobilização promovida pelo Mané Garrincha continue depois do Mundial?Brasília vai ter um legado importante após a Copa do Mundo, que é um grande espaço para eventos. Com o estádio, agora temos condições de receber megaeventos não apenas esportivos, mas também culturais. Vamos mobilizar todo o setor de eventos e turismo em Brasília.
Então, o estádio com certeza vai ser um grande legado para Brasília. Com toda a movimentação dos eventos, haverá aumento das vendas no comércio varejista, para citar um exemplo. Mas serão muitos os setores beneficiados.
Como essa movimentação dos grandes eventos vai impactar o serviço oferecido pelas empresas do DF?
Acredito que a Copa do Mundo será uma grande experiência para o mercado produtivo em Brasília, porque as empresas vão vivenciar uma diversidade cultural e de formas de atendimento. Não tenho dúvidas de que será um grande aprendizado que vai preparar nossas empresas para se perpetuarem nos próximos anos. E Brasília receberá sete jogos da Copa, o que dará grande destaque à cidade, já que tem uma localização privilegiada.
O setor de turismo está preparado e estruturado para receber bem os turistas?
O Programa Sebrae 2014 realizou ações de preparação para a receptividade desses turistas. O Sebrae também colaborou com os meios de hospedagem alternativa oferecendo qualificação. Hoje, temos 300 residências no Plano Piloto e em várias regiões do DF preparadas para receber os turistas por meio do programa Cama e Café, do GDF.
As famílias passaram por todo um processo de avaliação, preparação, conforto, limpeza e atendimento ao turista, durante seis meses. Esse tipo de hospedagem vem para reforçar a rede hoteleira e oferecer um novo serviço. Os turistas já podem fazer as reservas pelo site www.camaecafebrasilia.com.br. É mais um diferencial para Brasília.
O Sebrae também fará outras ações para preparar as empresas do DF para outros grandes eventos, como as Olimpíadas de 2016 e a Universíade, em 2019?
Com certeza vamos fazer algo focado nos próximos grandes eventos que Brasília vai sediar. Estaremos de portas abertas, preparando essas empresas para o que vier.
Nenhum comentário:
Postar um comentário