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quinta-feira, 18 de outubro de 2012


Produtores do Pipiripau assinam primeiros contratos do Programa Produtor de Água

  Adasa
Serão investidos R$ 40 milhões em 10 anos 
para recuperar a bacia e garantir a expansão 
do modelo em toda a região
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) celebrou, ontem (17), os primeiros contratos do projeto que vai recuperar e conservar a Bacia do Ribeirão Pipiripau- Planaltina- por meio de pagamentos por serviços ambientais (PSA) aos produtores rurais da região. “O programa Produtor de Água é resultado da parceria entre órgãos e entidades e do envolvimento de grande número de técnicos e produtores rurais para a implantação da nova visão da gestão dos recursos hídricos, que não só demanda, mas que também produz água”, afirmou o diretor-presidente da Adasa, Vinicius Benevides.

 Com baixa oferta hídrica e foco de conflitos, o Pipiripau enfrenta sérios problemas de atendimento às demandas dos mais de 400 proprietários rurais e de 180 mil pessoas, moradores de Planaltina e Sobradinho, que dependem do ribeirão para o abastecimento humano. A região foi escolhida para abrigar o projeto-piloto, já que, com o aumento e a sistematização da oferta de água na região, será possível reduzir as disputas pela posse e uso dos recursos hídricos. 

O projeto investirá, em 10 anos, R$ 40 milhões para recuperar a bacia e garantir a expansão do modelo em toda a região. Novas seleções de projetos já estão em andamento e outros contratos serão assinados, apontando um novo cenário de gestão de recursos hídricos no DF. 

Os produtores rurais Mauro Cabral e Carlos Eduardo Sé tiveram seus projetos selecionados. “É gratificante ver o esforço de todos em busca da sustentabilidade hídrica do Distrito Federal. Este é o início de um grande trabalho. Eu faço isso pelos meus filhos e pelas futuras gerações”, disse Cabral. 

Uma comissão técnica, formada por técnicos do IBRAM, do The Nature Conservancy (TNC) e da Secretaria da Agricultura, analisou as propostas apresentadas. A aprovação dependeu de três modalidades conservacionistas - conservação do solo, da vegetação nativa e restauração ou conservação de áreas de preservação ou reserva legal. 

Presente no ato, o secretário de Agricultura do DF, Lúcio Valadão, explicou que o projeto marca uma profunda mudança de mentalidade da população em relação ao papel do produtor rural: “Eles passarão de grandes usuários de água a provedores do recurso, que abastecerá toda a população do DF”, afirmou. 

A Adasa é a coordenadora do programa, que reúne 13 instituições públicas (federais e distritais) e Organizações Não Governamentais (ONGs): ANA, Ministério da Integração Nacional, Caesb, Secretaria da Agricultura, Emater, Ibram, Banco do Brasil, Fundação Banco do Brasil, Fundação Universidade de Brasília, Instituto de Conservação Ambiental- TNC, WWF-Brasil e Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria- SESI. No ato da assinatura do contrato, Mauro Cabral disse que é incomum a união de tantos órgãos e entidades em favor de um objetivo único e que a região precisa de mais iniciativas dessa natureza:

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