Pela preservação
da memória de Brasília
Cinara Lima, da Agência Brasília
História da capital federal será valorizada com a restauração
de conjunto arquitetônico feito em madeira pelos
operários que vieram trabalhar na construção da cidade
A restauração da Igreja São José Operário, na Candangolândia, dá continuidade ao projeto Brasília de Madeira, que prevê a recuperação das edificações de madeira, tombadas pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Distrito Federal. No próximo dia 16, o GDF, por meio da Secretaria de Cultura, realizará a abertura do edital para contratação dos serviços de restauro da igreja. Também neste mês, será lançado o edital para recuperação da Igreja São Geraldo, no Paranoá.
De acordo com o subsecretário do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Secretaria de Cultura, José Delvinei dos Santos, o GDF investirá R$ 8 milhões para recuperar os bens confeccionados em madeira da época da construção da capital federal. Além das igrejas da Candangolândia e do Paranoá, serão restauradas as cinco casas do Conjunto Fazendinha, na Vila Planalto, e o Museu Vivo da Memória Candanga, no Núcleo Bandeirante. As duas obras estão incluídas na previsão orçamentária de 2013.
"Brasília foi a maior obra do século 20 e essas edificações representam a memória da grande saga que foi a construção da nossa cidade. É o que nos resta da história em madeira. Isso é preservar a nossa origem", observou o secretário.
Candangolândia - O GDF investirá R$ 287 mil para restaurar a Igreja São José Operário, construída em 1960, em 30 dias, por moradores da Candangolândia. O edital também contempla a modernização das instalações elétricas e hidráulicas, para preservar a originalidade do espaço e propiciar o uso e a visitação pública do monumento.
A expectativa da Secretaria de Cultura é dar início às obras ainda neste mês. "Serão quatro meses de trabalho, com possibilidade de concluirmos antes do prazo. Temos o Dia de São Sebastião, comemorado em 20 de janeiro, e queremos dar esse presente à comunidade", adiantou o subsecretário José Delvinei dos Santos.
Hoje, devido à falta de manutenção e ao desgaste natural provocado pelo tempo, a Igreja São José Operário, toda edificada em madeira, está desativada. O templo foi considerado Patrimônio Cultural do DF, em 1998, e tombado por meio do decreto n° 19.690, de 29 de dezembro de 1998.
Preservação - A Igreja São Geraldo, no Paranoá, apresentou problemas estruturais e, em 2005, foi demolida, restando apenas a escadaria. Os recursos para a reconstrução do templo já estão garantidos. As obras, orçadas em R$ 307 mil, devem ter início até o final de novembro. A segunda mais antiga do Distrito Federal, a igreja foi construída em 1957 e tombada pela Diretoria de Patrimônio Histórico e Artístico do Distrito Federal, em 27 de outubro de 1993.
Início do projeto - O primeiro prédio contemplado pelo Brasília de Madeira foi o Catetinho, entregue à população no aniversário de 52 anos de Brasília, comemorado em 21 de abril deste ano. Com investimento do GDF de R$ 722 mil e cinco meses de serviços, a primeira residência oficial do presidente Juscelino Kubitschek retomou as referências de época com a preservação da construção, objetos e mobiliário originais.
BENS CONTEMPLADOS PELO PROJETO
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LOCALIZAÇÃO
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DATA DE CONSTRUÇÃO
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Igreja São José Operário
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Candangolândia
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1960
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Igreja São Geraldo
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Paranoá
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1957
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Conjunto Fazendinha
(cinco unidades)
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Vila Planalto
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1957
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Museu Vivo da Memória Candanga
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Núcleo Bandeirante
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1957
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Catetinho (concluído)
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Saída sul
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1956
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Publicado em Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente
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